terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Nerf Maverick REV- 6 Mega review







A Nerf Maverick REV-6 é uma blaster de muito sucesso. Ela vende bem e além disso é tida como uma das melhores blasters Nerf pelos fãs da marca. Mas, afinal, essa fama é justificada? Eu diria que sim, e nesta review vamos tentar mostrar quais os aspectos que a fazem assim.

A trilha sonora sugerida para esta review é de uma banda brasileira que faz um thrash metal muito bom: a banda é a Korzus, e a música é Truth, do álbumDiscipline of Hate. Divirtam-se!!!

Impressões iniciais

A Maverick, mesmo sendo da categoria das blasters pequenas e para serem operadas com apenas uma mão, impressiona. Ela tem um design que combina um corpo futurista de uma pistola com um tambor de revólver dos tempos do velho oeste, evocando assim dois “climas” quando se olha para ela ou a tem na mão. Falando assim, parece que estamos diante de um híbrido esquisito que tem tudo para dar errado, mas não. A Maverick combina esses dois elementos muito bem e de uma forma que eu chamaria de “tranquila”: existe uma continuidade nas suas linhas de forma que essa mistura não salta aos olhos de quem a vê ou a tem na mão, mas é tranquilamente assimilada quando a manuseamos.

A Maverick também me impressionou pelo tamanho. Sendo uma pistola-revólver, ela é grande se comparada aos mesmos objetos da vida real. É pesada o suficiente para ser sentida quando empunhada e tem cabo ao qual a mão de um adulto facilmente se adapta. Mesmo assim, ela é leve para ser usada por uma criança e caso ela ainda seja pesada, sempre se pode usar a parte de baixo do tambor para apoiá-la com a outra mão.

No fim das contas, a Maverick passa essa impressão de arma do velho oeste do futuro. Aquela que se carrega no coldre para onde quer que se vá, e que eu diria até que tem um estilo elegante. Claro, não saio com a minha pendurada na cintura pela rua, mas digo isso no contexto de uma batalha Nerf. Para mim ela é a blaster a ser usada em um duelo Nerf, se isso é possível :P

Design e controles



Nerf Maverick - Vista Lateral
A Maverick, como eu já mencionei, tem esse jeitão velho-oeste-moderno ao combinar conceitos de uma pistola com os de um revólver. Isso é conseguido combinando duas estruturas em sua construção: (1) a estrutura de suporte, que contém o cabo, o engatilhador, o gatilho, as partes mecânicas internas e o suporte para o tambor, e (2) a estrutura do tambor propriamente dita, que além deste, ainda contém as peças que o prendem ao seu suporte e o fazem deslizar para fora para ser municiado. A parte estrutural é toda retangular e segue linhas retas como as de uma pistola. Já o tambor acrescenta uma estrutura circular e segue as linhas de um revólver. Esses dois elementos juntos criam a mistura de influências que foi citada. Veremos a seguir que outros detalhes também fazem essa combinação mais completa, mas essa parte estrutural é a base para todos os outros componentes que compõem a blaster.

O sufixo REV-6 do nome dessa blaster vem exatamente do fato de que ela possui um tambor. REV aqui é uma abreviação para a palavra revolution em Inglês, que denota o movimento de um cilindro em torno de seu eixo central. A palavra em Português é revolução – cada volta de um disco ou cilindro em torno de seu eixo é uma revolução completa – que é exatamente o que o tambor da blaster faz. Este tambor carrega 6 dardos, e portanto o prefixo é completado pelo número 6. As cores desta blaster podem variar, sendo que as duas clássicas são a amarela com tambor preto e a azul com tambor amarelo. Ela também existe na série clear (clear series, com blasters cujo plástico é transparente) e na série sonic (sonic series, de blasters com um plástico quase-transparente verde).

O tambor não é só o local onde ficam colocados os dardos. Podemos notar que a Maverick não tem um cano propriamente dito na parte frontal. Portanto, o tambor vai fazer as vezes do cano. Se procurarmos em Inglês, veremos que esta peça não é conhecida pelos usuários como cylinder como seria de se esperar se ele fosse chamado de tambor, mas sim como barrel, que literalmente quer dizer o cano da blaster. Isso faz com que a Maverick tenha um cano apenas alguns milímetros maior que os dardos. Como vimos na review da Nerf Longstrike, canos maiores podem fazer os dardos terem um desempenho menor em termos de distância atingida. Então para a Maverick isso se torna uma vantagem já que os dardos, assim que saem do seu cano-tambor, estão livres no ar para voar o quão longe conseguirem. Note que não necessariamente um cano maior significa menor desempenho – isso também depende da velocidade inicial do dardo, da sua trajetória dentro do cano e da eficiência do sistema disparo, entre outros fatores. Apenas estou comentando aqui uma tendência que observo com minhas blasters Nerf e nos escritos de outros bloggers e sites.

A Maverick vem de fábrica com ou os whistler darts ou com os suction darts (ver review de tipos de dardos Nerf aqui) dependendo da embalagem. Para colocar os dardos no tambor, ela possui um botão na sua lateral esquerda que deve ser apertado ao mesmo tempo que se empurra o tambor da direita para a esquerda. Para referências de esquerda e direita, considere a blaster apontada para frente em relação ao seu corpo. Como sou destro, na hora de municiar, costumo segurar a Maverick com a mão direita normalmente pelo cabo, depois com a mão esquerda a seguro por baixo de forma que meu polegar fique sobre o botão de liberação, a palma da mão esteja encostada na parte de baixo do suporte do tambor, e meus dedos médio e anelar fiquem do lado direito deste. Meu dedo mínimo fica colocado logo após dos dedos médios e anelar e em linha com o polegar que está do outro lado, mas sem tocar o tambor, apenas para apoio. Assim que a mão está posicionada o polegar pressiona o botão de liberação do lado esquerdo, o dedo anelar empurra o tambor da direita para a esquerda, e o dedo médio o acompanha e fornece apoio para que este se mova como um todo e não fique travado por ter feito o movimento de maneira irregular. Com o tambor aberto, é fácil colocar cada dardo na sua câmara. Este tambor e a maneira como ele é aberto são características definitivamente de um revólver que a Maverick tem. E isso faz com que ela tenha um remuniciamento relativamente rápido, o que ertamente é uma vantagem durante uma batalha.


Nerf Maverick com o tambor aberto


Mão e eedos na posição de abertura do tambor.


Dedos e mão abrindo o tambor.
No fechamento do tambor, que é em si uma atividade bem simples, a Maverick tem um detalhe que vale a pena mencionar. Ao menos a minha tem um tambor com um leve jogo entre seus encaixes dianteiros e traseiros. Isso quer dizer que quando nós o abrimos ou fechamos, uma dessas partes pode se mover sem que a outra saia do lugar e o tambor pode ficar em uma posição torta em relação ao eixo longitudinal da blaster e travar. Para evitar isso, o que se pode fazer é, no meu caso com a mão direita, um movimento lateral rápido da blaster para a direita seguido de um súbito movimento para a esquerda, de forma que a inércia do tambor o feche na posição correta. Isso sempre funciona para mim e, pode soar engraçado, mas adiciona um estilo na hora de fechar o tambor. Vou tentar demonstrar isso melhor no vídeo de apresentação da blaster no fim desse post. A única coisa que pode acontecer é o tambor não ficar completamente alinhado com o pistão da blaster depois de fechado, mas isso pode ser resolvido ou usando-se a mão esquerda para dar uma leve girada no tambor e o posicionar corretamente, ou dando-se uma puxada no gatilho. Apenas como detalhe, este pequeno jogo pode atrapalhar o remuniciamento da blaster caso ele faça o tambor travar durante a operação. Portanto sempre tente abrí-lo e fechá-lo sem que isso aconteça.


Tambor da Nerf Maverick abrindo somente no conector frontal e não no traseiro e ficando fora de eixo, complicando a operação de remuniciamento da blaster.
Para disparar, a Maverick conta com um engatilhador embutido na parte superior da blaster, acima da sua empunhadura. Para armar o pistão de ar basta puxar o engatilhador para trás até o fim e soltá-lo (ele volta automaticamente para frente; eu prefiro guiá-lo na volta com a mão que o armou para evitar que ele vá para frente muito rápido e bata na estrutura da blaster, no entanto). Quando isto é feito, basta apontar a blaster e puxar o gatilho para que o dardo seja impulsionado para frente. O engatilhador puxado para trás é definitivamente a característica mais marcante de uma pistola na Maverick, aparentando muito o movimento do ferrolhodestas. 
Mão pronta para puxar o engatilhador.

Engatilhador puxado totalmente para trás.

Se olharmos a Maverick de frente para o seu cano, veremos que o tambor, na posição de repouso, coloca os dardos fora do alinhamento com a saída destes na parte frontal, de forma que o que fica alinhado com essa saída é a parte do tambor que fica entre os dardos. Ou seja, literalmente o “meio” dos dardos fica na posição de disparo. E quando engatilhamos a blaster podemos ver que esta ação não move o tambor. Portanto, algo mais deve ser responsável pelas revoluções desta peça. E isso fica a cargo do sistema de gatilho.

O gatilho da Maverick tem 2 cursos para realizar as duas funções que acumula, que são mover o tambor e liberar o mecanismo de disparo. O primeiro curso acontece quando nós o puxamos da posição de repouso até quase o fim. Durante esta operação o tambor será girado de forma que o próximo dardo seja posicionado exatamente à frente da saída de ar do pistão, mas ainda não há liberação deste último. Apenas o posicionamento do dardo. Note que como inicialmente apenas metade do próximo dardo está posicionada na saída, este movimento roda o tambor apenas mais uma metade de um dardo para alinhá-lo. Continuando a puxar o gatilho, este atingirá o fim do seu curso, e neste momento o mecanismo de disparo será liberado. Como o dardo já foi posicionado, o ar o empurrará para fora da blaster e o disparo está feito. O próximo curso do gatilho é quando o soltamos, e nesta volta ele roda o tambor mais “meio dardo” para colocá-lo em uma posição idêntica à de início e deixar a blaster pronta para o próximo ciclo de disparo.




Tambor da Nerf Maverick em repouso - note o meio dos dardos posicionado na saída do disparo.


Nerf Maverick com o gatilho puxado totalmente para trás - note que com este movimento de gatilho o tambor gira, posicionando o próximo dardo para o disparo. Quando se solta o gatilho, o tambor gira um pouco mais e retorna à posição mostrada na foto anterior, para o próximo dardo.
omoda mais.
A Maverick possui apenas um tactical rail localizado na parte superior do seu engailhador. Não há outros rails acima do tambor ou abaixo deste, por exemplo. Claro que um tacical rail sempre é bem vindo, já que podemos plugar ali uma mira de uma outra blaster, mas aqui existe um problema ao meu ver. Quando engatilhamos a Maverick, a maneira mais natural de fazê-lo é colocando a mão que não a está empunhando (no meu caso, a esquerda) por cima e em volta do engatilhador de forma que a palma cubra quase que totalmente o tactical rail. Se colocarmos um acessório nele, essa “pegada” ficará prejudicado e teremos que puxar o engatilhador pelas laterais, usando talvez apenas 2 ou 3 dedos para isso. Esse detalhe pode causar um certo desconforto na hora de engatilhar. Eu prefiro não usar nenhum acessório na Maverick, até porque não acho que eles façam diferença na batalha. Mas caso você queira fazê-lo, vale a pena pensar nisto.

Nerf Maverick vista de cima - pode-se notar o tactical rail acima do engatilhador.
Nerf Maverick com a mira-controle-remoto do kit Nerf Disk Shot montada em seu tactical rail.
O aspecto mais importante para mim na Maverick, no entanto, é seu tamanho. Ela é pequena e leve, e ainda assim leva 6 dardos e é fácil de ser municiada e engatilhada. Isso dá a ela uma grande vantagem em relação a blasters como a Recon ou a Longstrike, que também levam 6 dardos nos seus carregadores (clips). Essas últimas levam vantagem quando se tem mais de um clip já municiado, pois isso transforma o ato de recarregar no ato apenas de trocar o clip. Mas a portabilidade e a facilidade de se carregar a Maverick aliada à capacidade de dardos a tornam uma blaster muito querida da comunidade Nerf. Se você procurar, vai ver que muitas pessoas consideram-na como a melhor Nerf já feita. Eu não sou tão enfático, já que para mim metade da graça da brincadeira está em usar blasters que tenham uma aparência legal, e não só no desempenho de tiro propriamente dito. Não se pode negligenciar a parte de desempenho, no entanto, já que beleza nãp ajuda tanto na batalha quando atirar bem. Portanto, eu levo sempre em conta esses dois fatores dependendo do jogo do qual vou participar, aliando o desempenho que preciso com a beleza que quero. No fim, acho a Maverick uma boa combinação beleza/desempenho, junto com a portabilidade. Nestes termos eu consigo entender por que tantos jogadores Nerf gostam dela.

O tamanho da Maverick é também o que me faz escolhê-lha como blaster secundária na maioria das vezes. Por ser leve e levar 6 dardos, ela fica bem dentro de um bolso grande ou mesmo pendurada de alguma forma na cintura. Isso libera minhas mãos para poder carregar uma blaster maior e que tenha uma aparência mais de “poder” na batalha. Gosto de combinar a Longstrike sem o extensor de cano e com os dois clips adicionais pre-carregados e presos na coronha, e a Maverick na perna, na cintura ou em um bolso.

No geral, a Maverick é muito bem construída. O material, apesar de plástico, parece sólido e as peças se encaixam bem. Ela fica bem na mão, tem detalhes na sua parte externa que a valorizam e seu mecanismo interno funciona bem. Apesar de alguns detalhes de ergonomia ainda poderem melhorar, ela é uma blaster muito boa na minha opinião.

Teste de tiro

Os testes de tiro da Maverick seguiram os mesmos padrões dos testes feitos para a Longstrike, que podem ser conferidos neste post. Os resultados estão mostrados na tabela abaixo. Existem duas formas de disparo: uma com o cano da arma apontado paralelamente ao chão, chamado de reto e representado na tabela pela letra R, e um com o cano da blaster inclinada a cerca de 15-20 graus em relação ao chão, chamado de inclinado e representado pela letra I na tabela. A maior distância atingida nos disparos está em negrito azul e a menor em negrito verde.






RI
18,511,5
28,110,4
37,811,2
49,611,1
58,610,8
68,810,8



Média8,5710,97



Os números mostram que o desempenho da Maverick é bom, atingindo cerca de 8 metros e meio em um disparo reto e cerca de 11 metros em um disparo inclinado. Com um pouco de treino e familiaridade com a blaster é possivel conseguir ainda mais. Com um pouco mais de disparos eu já cheguei perto dos 14 metros em alguns disparos. Isso também depende da blaster, claro, já que um dardo que porventura tenha batido na saída do cano e perdido um pouco da sua energia ali não vai chegar tão longe. Mas a Maverick ajuda nesse sentido, como eu já mencionei.

Quanto à precisão, a Maverick é uma das Nerf mais precisas que já operei. A grande maioria dos dardos que atirei com esta blaster seguem um caminho muito próximo daquele eu eu pensei para eles e isso faz com que seja mais fácil atingir seu oponente a distâncias maiores. Ela tem também uma tendência muito baixa para emperrar, sendo que eu particularmente enfrentei muito poucas situações onde isso aconteceu.

Conclusões

A Maverick tem uma aparência que combina um clima velho-oeste com “do-futuro”, além de trazer em um único pacote 6 dardos e ser fácil de ser levada pelo campo de batalha. A única coisa é que, justamente por ser menor, não dá um sensação tão grande de “poder” na batalha – até onde isso se aplica, claro. Eu particularmente prefiro usar a Maverick como uma blaster secundária, e usar uma das mais longas 
como a Longstrike como primária. Mas isso não é de forma nenhuma um defeito, apenas um gosto pessoal meu. Em resumo, a Maverick é uma ótima blaster.

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